Conforme menciona o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, a adubação verde tem ganhado cada vez mais espaço entre os produtores de soja como uma prática sustentável e eficaz para melhorar a saúde do solo e aumentar a produtividade. Por meio do uso de plantas de cobertura, essa técnica oferece benefícios que vão muito além da fertilização do solo, ajudando a reduzir custos com insumos químicos, prevenir a erosão e até melhorar a qualidade ambiental das áreas cultivadas.
Em seguida, vamos entender como essa abordagem funciona e por que ela pode ser uma grande aliada na produção de soja.
A melhoria na qualidade do solo com as plantas de cobertura
As plantas de cobertura desempenham um papel relevante no equilíbrio do solo. Segundo Agenor Vicente Pelissa, elas são cultivadas entre safras para proteger a terra, reduzir a compactação e melhorar a retenção de água. Espécies como crotalária, mucuna e braquiária são algumas das plantas utilizadas, pois possuem raízes profundas que ajudam a descompactar o solo, permitindo maior infiltração de água e aeração.
Além disso, de acordo com o agricultor Agenor Vicente Pelissa, essas plantas protegem a superfície contra o impacto direto das chuvas, diminuindo o risco de erosão e o escoamento de nutrientes essenciais. Outro ponto positivo das plantas de cobertura é a sua capacidade de enriquecer o solo com matéria orgânica.
Pois, quando essas plantas completam seu ciclo, sua biomassa é incorporada ao solo, aumentando sua fertilidade. Esse processo também contribui para a formação de agregados no solo, o que melhora a estrutura e facilita o desenvolvimento das raízes das plantas de soja. Assim, a lavoura ganha um ambiente mais propício para o crescimento saudável e produtivo.
Por que a adubação verde reduz a dependência de insumos químicos?
Uma das maiores vantagens da adubação verde é a sua capacidade de substituir parcialmente os fertilizantes químicos, como ressalta o produtor rural Agenor Vicente Pelissa. Plantas de cobertura como as leguminosas, por exemplo, fixam nitrogênio no solo por meio da simbiose com bactérias. Esse nutriente é fundamental para o crescimento da soja e, com a fixação biológica, os produtores podem reduzir significativamente o uso de adubos nitrogenados.
Ademais, as plantas de cobertura também ajudam a reter outros nutrientes no solo, evitando sua lixiviação durante períodos de chuva intensa. Com isso, o solo permanece mais equilibrado, e o uso de fertilizantes se torna mais eficiente. Portanto, essa prática sustentável não apenas diminui os custos de produção, mas também reduz os impactos ambientais, como a contaminação de lençóis freáticos por excesso de fertilizantes químicos.
Quais são os benefícios para o controle de pragas e ervas daninhas?
Outro benefício importante da adubação verde é o controle natural de pragas e ervas daninhas, conforme alude Agenor Vicente Pelissa. Já que, as plantas de cobertura criam uma espécie de barreira física que dificulta o estabelecimento de plantas invasoras. Além disso, algumas espécies, como a crotalária, liberam compostos químicos no solo que inibem o crescimento de ervas daninhas, criando um ambiente mais limpo para a cultura da soja.
No caso do controle de pragas, as plantas de cobertura também podem atuar como armadilhas naturais ou como refúgios para insetos benéficos. Isso ajuda a manter o equilíbrio no ecossistema da lavoura, reduzindo a necessidade de defensivos químicos. Dessa forma, com a diminuição das pragas e ervas daninhas, a produtividade da soja tende a aumentar, e os custos com manejo diminuem, tornando a adubação verde uma prática eficiente e econômica.
A adubação verde como um investimento sustentável e rentável
Por fim, fica evidente que a adubação verde é muito mais do que uma técnica agrícola: é uma solução que combina sustentabilidade e produtividade para os agricultores. Pois, ao utilizar plantas de cobertura, os produtores de soja conseguem melhorar a qualidade do solo, reduzir a dependência de insumos químicos e controlar pragas e ervas daninhas de forma natural.
Portanto, além dos ganhos econômicos, essa prática também contribui para a preservação do meio ambiente, reforçando a importância de métodos agrícolas inovadores e garantindo o sustentável cultivo da soja.