As áreas de preservação permanente (APPs) são essenciais para o equilíbrio ambiental e a proteção dos recursos naturais, como comenta o procurador Bruno Garcia Redondo. Essas áreas cumprem papel estratégico na preservação da biodiversidade, controle de erosões e manutenção dos cursos d’água.
Porém, mesmo com sua importância reconhecida por especialistas e legislação específica, muitas vezes essas áreas são alvo de degradação, colocando em risco o meio ambiente e a qualidade de vida das populações. Pensando nisso, a seguir, você entenderá o que são as APPs, o porquê são tão importantes e quais as implicações legais de seu desmatamento.
O que são áreas de preservação permanente?
Segundo Bruno Garcia Redondo, as áreas de preservação permanente são porções do território protegidas por lei, cuja vegetação deve ser mantida para garantir funções ecológicas indispensáveis. Isto posto, essas áreas existem para evitar a degradação ambiental, preservar nascentes, encostas, margens de rios e topos de morro. Logo, sua preservação é obrigatória mesmo que estejam localizadas em propriedades privadas.

A proteção das APPs está prevista no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), que determina os limites e critérios para uso e preservação desses espaços, conforme frisa o professor Bruno Garcia Redondo. Sua existência não impede a propriedade ou a posse, mas impõe restrições ao uso econômico, justamente para assegurar a integridade do meio ambiente e a continuidade dos serviços ecossistêmicos prestados.
Qual é a função ecológica das áreas de preservação permanente?
Essas áreas cumprem diversas funções ecológicas. Elas atuam como barreiras naturais contra deslizamentos e enchentes, regulam o ciclo hidrológico e garantem a recarga de aquíferos. Também são fundamentais para a conservação da biodiversidade, oferecendo abrigo e corredor para diversas espécies da fauna e da flora.
De acordo com o doutor Bruno Garcia Redondo, manter a vegetação nativa nas APPs é uma medida estratégica para prevenir desastres naturais e preservar os recursos hídricos, especialmente em contextos urbanos e agrícolas. Logo, a supressão dessas áreas pode gerar efeitos em cadeia, com impactos ambientais, econômicos e sociais.
As consequências legais para quem degrada uma APP
A destruição de uma área de preservação permanente é considerada infração ambiental e pode acarretar sanções civis, administrativas e penais, como pontua Bruno Garcia Redondo. O proprietário ou possuidor que provocar danos pode ser obrigado a recuperar a área, além de estar sujeito a multas e até prisão, dependendo da gravidade da infração.
Aliás, há uma responsabilização objetiva nesses casos, o que significa que o autor do dano responde independentemente da intenção. Isso reforça o papel do Estado e da sociedade na fiscalização e na exigência do cumprimento das leis ambientais. Além disso, empreendimentos que afetam APPs sem a devida autorização podem ser embargados ou ter suas licenças ambientais suspensas.
Como proteger as áreas de preservação permanente?
A proteção das APPs exige ações conjuntas entre poder público, proprietários rurais, instituições ambientais e a população em geral. Algumas medidas são essenciais para garantir a conservação dessas áreas fundamentais:
- Respeitar os limites legais de uso do solo: é fundamental seguir as diretrizes do Código Florestal, que define as áreas mínimas de preservação ao longo de rios, encostas e topos de morro.
- Evitar o desmatamento e queimadas: manter a vegetação nativa é a melhor forma de assegurar a proteção da biodiversidade e a estabilidade do solo.
- Participar de programas de recuperação ambiental: iniciativas como o PRA (Programa de Regularização Ambiental) incentivam a recomposição de vegetação nativa em APPs degradadas.
- Denunciar irregularidades: ao identificar crimes ambientais, é importante comunicar aos órgãos responsáveis, como o Ibama ou secretarias estaduais de meio ambiente.
- Promover a educação ambiental: campanhas de conscientização são essenciais para ampliar o conhecimento sobre a importância dessas áreas e fortalecer o engajamento social.
No final, essas ações, além de proteger o meio ambiente, contribuem para o desenvolvimento sustentável das comunidades, garantindo qualidade de vida para as gerações futuras.
Preservar é um dever coletivo
Em conclusão, as áreas de preservação permanente são fundamentais para a manutenção da vida em equilíbrio. Uma vez que, a sua existência garante a proteção de recursos naturais essenciais e reduz os impactos das ações humanas sobre o meio ambiente. Portanto, mais do que uma exigência legal, preservar essas áreas é uma responsabilidade de todos. Ignorar sua importância pode gerar consequências graves, tanto ambientais quanto jurídicas.
Autor: Sophia Wright